História

O Ritornello surgiu a partir de um trabalho desenvolvido na disciplina de Jornalismo Cultural do Curso de Jornalismo da UFSM. O professor Paulo Roberto Araújo propôs a criação de um blog sobre algum assunto cultural de interesse do aluno. Como gosto de música, escolhi trabalhar neste blog sobre as orquestras e os instrumentos musicais que a compõe. Ritornello é um símbolo colocado nas partituras que informa ao instrumentista que, ao chegar neste símbolo, ele deverá tocar novamente certo trecho da música. Portanto, como o nome sugere, espero que vocês retornem ao blog assiduamente.

05 março 2007

Música na Civilização Egípcia


O egípcio é o povo de civilização mais antiga de que se tem conhecimento, e sabe-se que a música e os músicos gozavam de grande consideração entre eles. Tanto na música religiosa como na guerreira ou na recreativa, davam preferências às expressões elevadas e serenas, reservando-lhe lugar de destaque no culto dos deuses, nos banquetes solenes e nas cerimônias fúnebres.

Os egípcios faziam escalas de sete notas às quais davam nomes, representado-as com os mesmos hieróglifos empregados na representação dos planetas. Entre os seus instrumentos encontravam-se os de cordas, como a harpa e o alaúde. As primeiras harpas egípcias eram pequenas e possuíam poucas cordas.


Os instrumentos de sopro eram as flautas de vários tipos e, em geral, de barro, de osso ou de marfim. Também, depois de descoberto o emprego do bronze, os egípcios fabricaram flautas e trombetas deste metal. Até hoje são conservados em vários museus do mundo, flautas egípcias de barro, madeira e bronze.

Eles contavam ainda com instrumentos de percussão, figurando entre eles os tambores de guerra. Com o bronze fabricavam címbalos (foto abaixo de um címbalo, atualmente chamado de pratos) em forma de pandeiros e várias espécies de castanholas, entre as quais se destacava o sistro, usado nas cerimônias celebradas em homenagem à deusa Isis, divindade que personificava a primeira civilização egípcia.


A música entre os egípcios era praticada em coletividade. À mulher, era reservado o desempenho de papel importante no conjunto musical.

A Música na Antigüidade

Já que o post sobre a origem da música foi útil, compartilho mais algumas curiosidades que descobri sobre a música na antigüidade com meu namorado, o saxofonista Jorge Fernando Pereira Cortinhas. Espero que aprendam um pouco mais sobre a origem e a evolução da música, assim como estou aprendendo.

Em documentos antigos – baixos relevos, medalhões, inscrições, papiros – e nas referências escritas em obras de grandes filósofos, descobrem-se informações sobre a arte musical na antigüidade. Os mais velhos documentos conhecidos são: um
baixo relevo, provavelmente caldeu, representando um harpista, encontrado nas escavações feitas em certo monte de ruínas entre os rios Tigre e Eufrates; e um fragmento de papiro, que, se supõe, representa um trecho babilônico de notação musical, de cerca do ano 2000 a.C.

Entre os povos da antigüidade, destacam-se, pela sua civilização, os egípcios, os árabes, os assírios, os babilônicos, os caldeus, os hebreus, os indianos, os chineses e, muito especialmente, os gregos. Embora pouco de positivo se saiba de sua música naqueles tempos, a julgar pelos documentos encontrados, é de se presumir que fosse tratada com atenção especial.

A música dos povos antigos era absolutamente em
uníssono e tomava parte em todos os atos solenes, principalmente nas cerimônias religiosas. Nos próximos posts, vamos fazer um pequeno resumo sobre cada um desses povos para que possam compreender como era cultivada a música naquelas eras distantes.

25 fevereiro 2007

A Música nos tempos pré-históricos

Eu não iria trazer nenhuma informação sobre o princípio da música em si, porém achei algumas explicações bem interessantes e resolvi dividir um pouco do que descobri sobre a música primitiva.

A origem da música não pode ser estabelecida, nem a época do seu aparecimento. Presume-se, tenha sido a arte musical revelada ao homem sob duas formas:

1º) Pela arte da dança.
2º) Pela arte da palavra cantada, uma vez que, o canto foi empregado sempre, desde a época mais remota, em todas as cerimônias religiosas quase sempre unida à dança, considerada pelos povos da antiguidade como arte sagrada.

Deduz-se assim, que os homens da pré-história foram os primeiros a expressar emoções por meio de gestos, executando estranhos movimentos ritmados. Conseqüentemente, não há dúvida de que o ritmo tenha nascido com o primeiro homem, por isso que ele trazia consigo mesmo o ritmo das duas pulsações, o ritmo do andar e o ritmo da respiração, sentindo nascer em si, desde logo, a necessidade de reproduzi-los.

Supõe-se, também, que os primeiros homens tivessem querido imitar os sons da própria voz com objetos rústicos. Não há vestígios de que ficasse gravado nenhum canto do homem pré-histórico e, assim, não ficou nada concreto que nos possa revelar algo da música na era primitiva. É interessante lembrar, a unanimidade dos
musicólogos considerar que, da associação da arte da dança com a da palavra cantada, surgiu a sublime arte da música.

16 fevereiro 2007

OSESP

Olá apreciadores de música e colegas interessados.

Achei um site muito interessante de uma das melhores orquestras do país, a
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, que já fez concertos nos EUA e Alemanha. Pessoas de todo o mundo vêm fazer concurso para participar da orquestra. Na verdade, a maioria dos músicos não são brasileiros.

O site é muito bem organizado tanto na estrutura e linguagem, como na parte musical. O site é muito bom mesmo, inclusive o hipertexto e os recursos da web são bastante evoluídos. Também disponibilizam alguns vídeos de concertos bem interessantes. Olhem só a foto do teatro onde eles se apresentam! É enorme e, mesmo sem microfone, os sons aparecem perfeitamente devido à otima acústica. Vale a pena conferir!
Até mais...

10 fevereiro 2007

Continuação...

Foi no período da música barroca que as orquestras tomaram forma mais organizada: deixaram de ser um agrupamento desordenado e ocasional de músicos e foram se aperfeiçoando. Os instrumentos também mudavam e logo o violino tomou o lugar da viela e tornou-se central na orquestra. Participação garantida também era a do cravo ou do órgão, que tinham presença contínua nas peças musicais.

Alguns instrumentos têm se aperfeiçoado para facilitar a sua execução, principalmente os metais; outros novos surgiram e, aos poucos, foram incorporados à orquestra.
Após tantas evoluções, a orquestra que conhecemos é um grande conjunto de instrumentos tocados simultaneamente. Porém, a formação da orquestra pode mudar de acordo com a combinação instrumental utilizada pelo compositor. Nos últimos quatro séculos também houve várias modificações.

Ainda há muitos aspectos da orquestra e sua história que precisamos conhecer. Nas próximas postagens saberemos mais sobre o que são os naipes, as evoluções e os músicos que marcaram época e fizeram a história da música erudita.

11 janeiro 2007

O Começo!

Orkhéstra é uma palavra grega que significa “lugar para dançar”. Durante o século V a.C., os espetáculos gregos aconteciam em anfiteatros ao ar livre e o espaço onde se situavam os instrumentistas e o coro, que cantava e dançava, chamava-se orquestra.
Na Itália, no séc. XVII, iniciaram as apresentações de óperas que eram, inicialmente, imitações dos dramas gregos e a palavra italiana orchestra passou a denominar o espaço entre o palco e o público onde ficavam os músicos. Algum tempo depois o próprio grupo de músicos, e posteriormente o conjunto de instrumentos, passou a ser chamado de orquestra.

O barroco foi um período importante, ele iniciou com o surgimento da primeira ópera, em 1607, e do oratório, terminando em 1750, ano da morte de Johann Sebastian Bach, um dos maiores representantes do barroco.

As óperas italianas não eram assistidas pelo povo, pois as consideravam absurdas, eles preferiam as canções populares como terra-a-terra. Ainda existe certa distância entre a música produzida por uma orquestra, dita erudita, e a música popular. Entretanto, alguns músicos eruditos tentam contornar essa disparidade, uma prova disso é que nos bares e ruas européias é fácil encontrar grupos de violinos, flautas, violoncelos, contrabaixos, enfim vários instrumentistas tocando entre a população.
Aguarde a continuação deste breve histórico...